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https://youtu.be/AtzJ2dHTZ44 Que momento
como se tudo fosse igual em todos os momentos
vai o mundo que gira
e homens vão, e homens vêm
perdem o reter de qualquer coisa de um instante
hoje poderia ser apenas isso mesmo, hoje
hoje o Ancião
era festa, a gambiarra estava acesa
e o corpo vinha cansado
mas alma nascia de novo
Lisboa, 9 de abril 2021
Lino Costa
não tenho voz sequer
a cada instante que me cresce o medo
a atingir um vazio
feito dos silêncios que venero
que odeio, este meu segredo que desconhecia,
e ainda assim nesta deriva
de um mar grande como o infinito
de onde não sou ser, nem sonho, nem desejo
sou apenas o naufrágio completo
que quero a vida, as coisas pequenas
e terrenas, quero o amanhã
Lisboa, 23 de março de 2020
Lino Costa
In: Versejos Livres
se te entendesse,
a morte,
não te fiava, no fiar d’uma roca
a vida, a cada lua,
antes que o amor fosse tudo
em mim ou em nós
não era este amargo
que me fere cada canto da boca
a tinir a paz da alma
desassossego intermitente
que poema algum explica
se (eu) te entendesse
para que queria eu chamar a essa...
cada coisa que guardo
em cantos meus, tão meus
e só de mim
é uma história que me vou contar
...durmo nesta berma seca
à espera que o tempo passe
e se esqueça quem sou
pode ser que me dê outra espera
outro dia, outra coragem
Lisboa, 11 de fevereiro de 2020
Lino Costa
In: Versejos Livres
digo-te que sei
em que tempo estão teus ventos doces
pela tez que precisas,
castanho, num tempo inteiro
numa morna viagem, a cada folha que parte
a cada verso de mim,
até mim, que te espero sem pressa
com a mão aberta,
outono, por aqui, outono de mim
Lisboa 12 de Novembro de 2018
Lino Costa
In: Versejos Livres (Blogs do Sapo)
dou-te, como se fosse o azul
do horizonte,
um beijo que te turve
de amor a vida
para que uma certeza te traga ao mundo
e me faça rota de farol, mesmo que longe,
ou porto seguro
de onde partes nas tuas viagens
e a onde voltas sempre
Lisboa, 23 de Outubro de 2018
Lino Costa
In: Versejos Livres
as tuas vírgulas menos visíveis
são a omissão do que mais me proíbo
que me levam a não te ser homem
nem louco nem comparação,
porque escondes nessa metáfora dos teus olhos
o desejo que me tens…
são tantas as vezes que me ocorres,
que às vezes te faço do corpo
um poema livre sem rimas
em que o meu pensamento te desgoverna
em que o meu pensamento te leva mundo fora
à senda do vento norte d’outro alguém
Lisboa, 11 de Julho de 2018
Lino Costa
In: Versejos Livres
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