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Set07
searas do vento azul
Lino Costa
lembro-me que fazias ser
o vento, nas searas por colher,
azul, como o teu sorriso
como a’bundância da tua alma
um sorriso, lembro-me
sei do sentido,
não me beijas
mulher, do vento azul
que no ventre, trazes Abril
um ano, paletas e um anjo
e tornarei a sentir
todas as gotas do céu, azul
azul azul, que és tu e nada
no sonho de hoje aqui
a ouvir os uivos mareantes
juro que vou ser mais,
o mundo que me espera
o abismo livre para o mar
com uma miragem de ti, da flor
uma história escrita de vida
lembro-me que te prometi
num segredo com guarita da noite, nosso,
entre a ursa maior
conjugado num verbo de plurais
não me esqueço do enuncio