09
Nov07
alcances
Lino Costa
delego a luz
a vida de um dia
a inundação do mar
que se abrilhanta
com estilhaços, dançantes, de espelho
que me enchem a mim
e ao peito de tertúlias
durante o silêncio desse sussurro
às portas de um eco sem princípio
a luz. e eu e a luz
pela cidade regelada
por quem o vento desistiu de vir,
à baixa. oca,
e uiva n’Arrábida
como um lobo
e a luz que renasce
num recanto tardio
vai indo num cabresto
numa base de fuste com capitel
e expulsa excessos aos restos. e a luz