a moldura do sol
escrevo-te ao rosto
que vi nos volteios do sol
nascente, p’la manhã
com um sorriso para mim
escrevo-te, sim, escrevo-te
porque me explode do peito
um mundo azul
e eu sei lá, nem pensei
senti poesia
no corpo imberbe
estremecido
nem sei o que fazia
tantas vezes que te quis ver
tão fulgente naquela estrela
também era amor em saudade
mesmo tão longe
te recebi ainda quente
num raiar exagerado
a ti, tão chama perfeita
tão linda e mulher
hoje p’la aurora menina