palavras tenho
na sementeira dos meus poemas
que brotam sem nexo
quase cegos pela bruma
e numa incandescente impiedade
porque sentem que vão viver
só não sabem
que não sou poeta nem letrista
que sou um excêntrico um pensador
libertado num emaranhado de vielas,
não sei de rumos de caminhos
nem de percursos
planto palavras lavro papeis
a quem digo coisas segredadas
pra que nasçam alvos e belos
entre as pedras dos poio
ao abrigo dos complexos do vento
presos a nada contidos na terra