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versejos livres

versejos livres

28
Out10

a ti meu irmão

Lino Costa

tracei com o pensamento

este poema,

este desenho esboçado,

p’lo sentimento da tua falta.

deixei-o por acabar

por ironia, não sei,

o carvão que usei acabou.

 

dou graças por este fim

pois não te tenho por completo

no retrato que te tirava.

se findo fosse esse meu partido

teria todo o teu rosto

pra lembrar nas agonias,

nas tristezas que, por vezes, me tocam.

 

não quero a tua memória

a quando deste dito,

quero-te como figura marcante

das minhas veras alegrias.

 

desculpa-me quando caio,

e peço a tua mão por preciso,

mas és quem tenho

na constante redondeza...

 

tudo,

tudo pra te dizer

que encontrei a maré que navegas

e junto com esta onda que me balança

quero triunfar como tu,

detentor de velas cheias

rumadas p’lo teu peito

até um cais de um porto salvo

 

 

Este poema já tem pelo menos cinco anos. escrevi-o num dos paraísos, ainda bem que esquecidos deste mundo. Algodres. "A ti meu Irmão" fala mesmo aos meus verdadeiros irmãos de sangue, ou ao de sangue que se deixou adormecer numa embriaguez de coisas embriagantes. Mas que sirva também de poema e dedicatória ao João, ele sabe de que João falo, à Sandra que também sabe de que Sandra falo. à Olinda e ao Mario, no meio de tudo que agora de longe e de frio sinto que o que foi passa a ser nada. E o Vitelo? como está?. A todos um obrigado imenso, como se diz lá no outro paraíso.

27
Out10

nunca mais te vi

Lino Costa

de tão longe

sinto ainda mais distante,

o meu de ti

e muito mais o teu de mim,

são saudades que tenho

 

e mortes que tenho

por cada noite perdida

arremessado pelo frio

contra a tua carregada

tão calada falta de palavra

 

nem te sinto a melodia

quando a noite tudo abafa

com o silêncio das almas pairantes,

algo te rouba o sonho

e sei que isso existe numa mulher

 

saudade te mando mesmo de mim

da tua voz, da tua mão,

de pouco mais antes que te percas

perdido num poço de medo

depois da volta que tem na azinhaga

27
Out10

renascer

Lino Costa

Caros Leitores,

 

Tem mais de um ano que não publicava qualquer registo de poema ou poesia no meu blog.

 

Não me tenham descrente na poesia. Estive pelo menos alguns meses à deriva. Tudo acontece, tudo desaparece, tudo se desmorona. Este é como um fado, um fado meu... ou nem tanto.

 

Finalmente, me extingo do silêncio, finalmente me atiro à cara aberta... Espero que gostem.

 

 

Ricardo Castro Alves

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