(des)concertantes sentimentos
amando consigo manter-me
pelos azos de ser
implacáveis que nunca perdoam
poucos têm sido os dias
que não me mato outro tanto
outros tantos são os dias que existo a morrer
a amar me contenho
no desespero dos pensamentos
quase proibidos
quando faço da noite a soleira do principio
e nenhuns são os dias a quem não permito
o enegrecimento de existir, o impróprio,
e de me triturar a carne cansada
a amar meramente consinto
o vento ousado
a venerar a minha passagem, a minha soltura