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NÃO GRITES MAIS ASSIM NA TUA VIDA...
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NÃO GRITES MAIS ASSIM NA TUA VIDA...
permite-me fazer dançar,
fazer dançar teu ventre
remexer, como o vento, o cume
dos teus vales inquietos
e beijar-te a boca
quando o teu desejo
se verter como um rio
pelas horas da nossa
vida obtusa de viagens
deixa-me lembrar-te
os cheiros das noites loucas de fado
do deambular pela Alfama
de Taverna em taverna
a alimentar-te o desassossego do corpo
pelo desejo descontrolado
de te possuir em qualquer
viela durante a noitada
em que um canto confidente
guardaria outro segredo
da noite malvada
António que me levas, António,
António que me levas a mim
Eu nasci para António
António nasceu para mim...
Poesia Popular - Elisa do Charrão
Elisa do Charrão, é uma Madeirense, que nasceu para António, mais conhecido por "Cannabis". Elisa é uma agarrada à famosa erva...
Não é nada... mentira... quem conhece a história deve já estar a rir-se.
Elisa foi uma mulher Madeirense, muito conhecida pelas suas capacidades filósofas referentes à vida e pelos vistos venerava o Marido, António. Durante algum tempo fez questão de tornar público este arranjo poético dedicado ao seu falecido.
Ouvi-o a primeira vez num dia em que o meu pai lhe estava a dar uma massagem e quase nua, citava estas palavras com uma alma enorme.
Deve ter arrebatado António de forma simples e fácil, mulher de olho claro que aos oitenta e tantos pintava o cabelo de ruivo e aprumava-se para os arraiais... onde levava sempre o seu irmão João, que era um senhor com alguns défices mentais... daí o titulo, durante as girandas dos arraiais, Elisa, a vaidosa, adorava ficar a ver de perto o espectáculo e o irmão João com medo dizia: "Elisa, s'a cana vem...", a cana do foguete depois de explodir.
Cumprimentos,
Ricardo Castro Alves
afinal há mais, já são trinta.
Mãe, Pai, Parabéns...
ligo os poemas
a todos os sois do teu sorriso
por ser tão grande que se digna a mim
de uma distância que não calculo,
ligo os poemas
ao beijo que hoje
quase não te dei
porque dormias leve
que não te via de transparente
sobre o escuro de ser do resto da noite
presa ao sonho que te fazia sorrir
agora, que de ti mais disto, ainda,
mor o relevo da saudade
por isso levar-te-á um beijo, o vento,
esse de quem admiras a ousadia
porque te toca mesmo quando não consentes
e escorrerá esse beijo
pela pele tua aquando de te ver
dorme lenta
porque mais lento e lêvedo irá no tempo
o beijo com o vento
que te chegará pela hora de um suspiro teu
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