o polidor
lá ia na azinhaga
o Homem, corria
até corria
lembro-me de tudo sempre assim
quando ia, até corria
na sua ânsia de chegar
descendo as ladeiras
para polir generosamente vidas
com o pincel de sempre
usado com uma ciência mestral
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lá ia na azinhaga
o Homem, corria
até corria
lembro-me de tudo sempre assim
quando ia, até corria
na sua ânsia de chegar
descendo as ladeiras
para polir generosamente vidas
com o pincel de sempre
usado com uma ciência mestral
tem sido sempre
silêncio, noite,
todo o tempo, quase todo,
que me pergunto
se a cadente estrela
a reluzente estrela
és tu?
e tem sido esse o tempo
um quase tudo de nada…
olho tantas vezes
para a última porta
para o cheiro instituído
olho tantas vezes
para esta fartura de nada
para a mão vazia
para a boca que não terá mais beijo na manhã
para aquele ombro cavado do teu
nada tem sido sempre
silêncio, noite, quase sempre
quase todo o tempo
que nem longe ou perto te sinta
o que és tu?
que tanto tens de nada
que quase tudo parece uma lambança assim
daquelas que nos marcam
assim daquelas que ficam
presentes com a tua ausência
beija-me hoje
amanhã não sei
se teremos luz ou lua
hoje. porque te sinto
intima a paixão
a ferver em pulos
hoje enquanto
o corpo ainda suspira o dia
que se passou cheio
pelas mãos tão depressa
enquanto não me ocorrias
ou nada, como quase sempre
entrega-me hoje
o cheiro morno
da crença dos sentidos
tão imberbes da paixão
e ouve no piano
quem és em cada corda
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