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versejos livres

versejos livres

24
Dez12

mais uma réstea de nada

Lino Costa
quase noite e não vens
sei tão bem que não vens
rasgar este manto triste de alma
por isso sufoco
mais pitadas da magia que faz este dia
e cresço mais nesta descrença
neste repisar de saber
que não vens mais

desse amargo sabor do saber
que deixo no frio pra que esqueça
sem as lembranças nem o brio
mata-me a noite, entro na noite
com essa mensagem tão cheia de certeza
e que a caixa está mais vazia
está mais pobre de ti
porque sei bem que não vens
20
Dez12

quando passas pela eira

Lino Costa

fossem no vento

as ventanias de palavras

aquelas ditas lanças que ferem

sem serem proferidas

 

as que o pensamento

não cinge nem reprime

“assim porque sim”, diz o verso

Durante o volteio lento do poema

 

palavras desditas

amalgamas que não pensas

fundidas num sem querer

a goivar os sentido todos teus

e a esculpir-me contra o esculpido de mim

até que me prendas nesse enleio

nesse afligir agudo sem fuga

de ser um ser fundido num ser

 

seja ao vento

ou à força de as conter

não me percas

e faz-me traço sem fim

 

mostra-me na voz

um solto arrepender

pra que sinta o sabor

daquele que sabes qual

 

18
Dez12

assim, a ti...

Lino Costa

acontece um silêncio fundo de ti

que me esmaga a sapiência

em te entender no mais ínfimo do ser.

esta é a cerne,

o desvendar do dialecto dos teus olhos

que emudecida te levas a mim

num ardume omitido

durante um gesto mago teu

até que teças tudo o que sentes

e desse enredo me entrelaces

como quase todo possuído de ti,

na trama do sentimento

nessa trama louca de quem ama

como certo é o infinito

ou o perfeito oficio marroquino,

quando me firmo em encastre na tua pele

e te abranjo na mesma grandeza o sentimento

13
Dez12

meu pôr-do-sol

Lino Costa

são poentes teus olhos

quando me tens, um teu, horizonte

assim que o dia te consumiu

 

é quando te desenho neste poema

depois da noite te calar

pra que te erga estrela

 

e rogo a dádiva no desejo

enquanto cadente me iluminas este sonho

pra que amanhã eu seja repetidamente teu poleiro

 

e desdiga o que pensas

a sentir o sentimento que sentes

quando sinto qualquer coisa por ti

 

como quando a voz te treme

porque a porta bate

entre outro passo e o beijo que dita o dia

12
Dez12

vespertina...

Lino Costa

...e divina vinha menina

a manhã perfumada de ti

que pela mão te trazia

desde a mescla da aurora

 

teve-te a noite, tive-te eu

aos olhos de um arcanjo

quando lêvedos se faziam os teus sonhos

como te fazes simples

num sem amargo de maior

 

e na aguarela do dia

nasces e partes para ser

como quem abdica do tempo

presa à tua liberdade

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