por dentro de mim
por dentro de mim
depois de lidos
os meus medos e de tidos
todos os segredos
pelos tantos infinitos do tempo,
ergue-se um desassossego
que rejubila entre o escárnio
e um sobressalto que se assoma
numa ira que me rouba
a quentura escassa do sangue atulhado
a bravura, o meu rubor à pele,
que trago em falta
pra que eu seja a coragem na luta,
longe deste pavor imenso que me inunda
como sangue que se derrama
como a mão que teme um juízo e a castidade,
dentro desta minha alma mascarada
Algodres, 28 de Janeiro de 2013
Ricardo Castro Alves