suspiros
são “ais”
os que suspiro, são esmero
são fendas pela carne rasgada
quando te imagino perdida,
dentro do meu tempo
que não será mais meu,
senti-te a jura
no cheiro da pele
sempre que me deste o ventre
e as mãos ao saber da boca
antes que me lembrasse
de ser “aí”, num dos silêncios
nos momentos acesos
de mim de agora, por dentro
da esfera que sou,
diante da promessa sentida
longe de ser aventura
a ser além da mais terna ternura
Lisboa, 28 de Agosto de 2013