19
Mai14
beijo-te
Lino Costa
beijo-te
ao sabor desta espera
quando sei que só a noite nos terá
e longe vai a açucena
que raia o meio dia dos teus olhos
como leito que me abrange
beijo-te
para sentir as horas
amargas, que me destroem
poemas que quero
saudades que ergo,
beijo-te, sempre
por quase nada
e sigo-te os passos
pela luz que deixas
como pó que tarda no abrandar
pra que cedo te faças
na minha aurora, por isso
beijo-te
quando tudo começa
eu, beijo-te
quando eu sol, nasço
e a avenida escurece
a gente segue no rumo
sem destino, quase
tudo se fecha ante um fim
a remar para que nos canse o corpo
se fechem os olhos
e eu me apague noutra imensidão
e sonhe ser de novo...
beijo-te
Lisboa, 19 de Maio de 2014
Lino Costa
In: Versejos Livres
ao sabor desta espera
quando sei que só a noite nos terá
e longe vai a açucena
que raia o meio dia dos teus olhos
como leito que me abrange
beijo-te
para sentir as horas
amargas, que me destroem
poemas que quero
saudades que ergo,
beijo-te, sempre
por quase nada
e sigo-te os passos
pela luz que deixas
como pó que tarda no abrandar
pra que cedo te faças
na minha aurora, por isso
beijo-te
quando tudo começa
eu, beijo-te
quando eu sol, nasço
e a avenida escurece
a gente segue no rumo
sem destino, quase
tudo se fecha ante um fim
a remar para que nos canse o corpo
se fechem os olhos
e eu me apague noutra imensidão
e sonhe ser de novo...
beijo-te
Lisboa, 19 de Maio de 2014
Lino Costa
In: Versejos Livres