06
Jun14
na cor da noite
Lino Costa
não me esquece a tormenta
que escorre pela noite
como se fosse as mãos de uma mulher
quando desperto,
depois de quando a tua mão me tocou
e me ficou no cume da pele,
como fruto de sonho maior
emano um desespero, um choro
por qualquer coisa
que não pode mais ser
não me esquece a noite
esse canto constante
de cotovia sozinha
expande-se por tudo o que penso,
já é noite outra vez... de frio sentido...
noite
tempestade, meu desassossego
açucena negra, teu cheiro quebra-me,
a luz dos olhos
leva-me mais uma pitada do ser,
arrasta-me uma melancolia pelo corpo
e faz-me renascer, onde tudo é novo
é ténue é desmedido, e frio
como ilusão de deserto e terra
até que a noite volte a ser
Lisboa, 06 de Junho de 2014
Lino Costa
In: Versejos Livres
que escorre pela noite
como se fosse as mãos de uma mulher
quando desperto,
depois de quando a tua mão me tocou
e me ficou no cume da pele,
como fruto de sonho maior
emano um desespero, um choro
por qualquer coisa
que não pode mais ser
não me esquece a noite
esse canto constante
de cotovia sozinha
expande-se por tudo o que penso,
já é noite outra vez... de frio sentido...
noite
tempestade, meu desassossego
açucena negra, teu cheiro quebra-me,
a luz dos olhos
leva-me mais uma pitada do ser,
arrasta-me uma melancolia pelo corpo
e faz-me renascer, onde tudo é novo
é ténue é desmedido, e frio
como ilusão de deserto e terra
até que a noite volte a ser
Lisboa, 06 de Junho de 2014
Lino Costa
In: Versejos Livres