de um tamanho enorme
submisso,
sinto-te o cheiro solto
do cabelo liso
assim que te percorro
o corpo, o pensamento
cada vez
respiro mais de ti
cada vez mais o meu rumo
é a tempestade dos teus olhos
e em ti naufrago,
para que me sorvas
às labaredas da fogueira do teu peito
como tenho costumado
no vão aberto do tempo
que nos lacra a história
como luz obtusa
e uma sina que nos dita a existência
somos o amor
o canto de pisco, quente, vespertino
que contraria o frio do Inverno
como fio de um destino
que nos invade os cantos da alma
Mulher... de mim
se verte a certeza
de te querer incondicional
para que eu seja uma historia maior
Lisboa, 24 de Fevereiro de 2015
Lino Costa
In: Versejos Livres