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versejos livres

versejos livres

25
Fev15

de um tamanho enorme

Lino Costa

submisso,
sinto-te o cheiro solto
do cabelo liso
assim que te percorro
o corpo, o pensamento

cada vez
respiro mais de ti
cada vez mais o meu rumo
é a tempestade dos teus olhos

e em ti naufrago,
para que me sorvas
às labaredas da fogueira do teu peito
como tenho costumado

no vão aberto do tempo
que nos lacra a história
como luz obtusa
e uma sina que nos dita a existência
somos o amor

o canto de pisco, quente, vespertino
que contraria o frio do Inverno
como fio de um destino
que nos invade os cantos da alma

Mulher... de mim
se verte a certeza
de te querer incondicional
para que eu seja uma historia maior


Lisboa, 24 de Fevereiro de 2015
Lino Costa
In: Versejos Livres

11
Fev15

infima Primavera

Lino Costa

tenho esta vontade de ficar

dentro do cheiro de botão e flor

que esvais dos olhos a murmurar-me, amor

como espelhos de alma

doçura e luz

por quem guardo um fervor em ternura,

desde agora a um fim

mesmo no dia que me for

levo esse teu travo de acácia,

 

 

Lisboa, 11 de Fevereiro de 2015

Lino Costa

In: Versejos Livres

10
Fev15

morna desprendida

Lino Costa

és beijo ofegante
e a cúpula quente
da chama de uma vela,
e agora...?

 

meu beijo sonhado
d'outros tempos
que nunca mais te esqueci
até nas vezes que parti

 

paixão rompante
que me sufocas o pensamento
e não me quero esmorecido
que procuro nas nesgas mais estreitas coisas tuas

 

levas o beijo que peço
as tuas formas nuas,
e deixas-me a prece
a angústia, e esse momento

 

por te ver presente
ida ao futuro e no passado
adormecida e leda
na esperança inebriada do desprendimento

 

como luz que pende
num vai e vem
das horas lentas do teu cansaço
sem sentidos pelo bréu da noite

 

...peço-te um surto,
de aconchego e palavra,
uma distância maior do beijo seco,
e uma mão com vigor

 


Lisboa, 10 de Fevereiro de 2015
Lino Costa
in: Versejos Livres

 

 

 

 

09
Fev15

amanhã e agora

Lino Costa

na água livre que corre
diluo-te os traços
para que te vejam na correria
quando o céu gritar
as palavras do amor
que eu não desisto

 

tenho-me feito ser maior
em todos os vazios que me dás
sem que me perca
absorvo-te o liso da pele
e o cheiro morno,
como quem não tem mais

 

como se fosses barco
iluminado de papel
maré fora
fado adentro de quarta-feira
rumo à porta que sou
espero-te num canto da foz

 

para ir-mos ao mundo
cumprir os sonhos
que penduraste numa estrela escondida
e te seja luz durante a espera
de um hoje que se viva
liberdade, quimera, és aura em mim

 


Lisboa, 09 de Fevereiro de 2015
Lino Costa
In: Versejos Livres

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