...
eu podia ser-te um sábado
a cada vez que me clamasses,
com o brilho dos teus olhos
e fazer-me de um anil
porta de um sol infinito
guardado,
no sempre que a tua alma viver
presa a nada, recta e casta,
sem esse travo a pecado
o que carregas na flor da pela
que me desapruma o norte sentido
um que me brada
a vontade tamanha de te beijar
porque se pedires
posso ser-te sempre um sábado
Lisboa, 30 de Junho de 2015
Lino Costa
In: Versejos Livres