sentido
a mão que te traz,
vento leste
d’um quente falso,
planta em mim um ódio leve
quando se desprendem palavras,
restos podres da tua boca
e tu Azul resumes-te
a noite, a bréu, a negro
tudo se redime
à imagem penada das putas d’Alcácer do Sal
nos silêncios de culpa e beirais de estrada
contigo sempre carregado d’um mal
como se te fosse uma eterna dizima imposta
Lisboa,16 de Março de 2016
Lino Costa
In: Versejos Livres