para ti de longe
além de mim
do que me resta,
luto pelo tempo que ainda tenho de ti,
do qual desconheço a sua assimetria
procuro um antidoto natural e enorme…
ainda temos tanto a viver
e tens tanto para saber de mim
mesmo que na omissão
um dia saberás ler num gesto meu...
temos alegrias e tristezas por partilhar
conquistas, motivos que nem imaginamos
os teus amores, o meu amor uno e mor
ainda nem sabemos o que qualquer verbo nos reserva
se pretéritos, futuros, se gerúndios…
mas asseguro-te que o nosso presente
a cada dia que dista do passado
se revela uma gratidão, por te ter,
meu melhor amigo
Lisboa, 23 de Junho de 2017
Lino Costa
In: Versejos Livres