este mundo do todo na mão
e nada, ou mesmo quando nada
me desenhe um abraço teu
nem que seja por sossego
descanso à memória,
se me chega o teu cheiro
o meu pequeno ilhéu e mundo,
pára,
com a certeza do que me vales,
para que ordene que o tempo pare
por mais um pouco de ti, vinda no vento
o mar traz-te nua
e é em mim que deixas a amarra
e a alma, como se fosses perfume de açucena,
tu que nem vieste, tu que nem vi
tu, que eu apenas senti chegar,
a todos os pedaços do que te queria dizer,
a meio do nada com que faço o meu mundo,
só os versos soltos ao tempo
tu, meu acertado amor, a quem nunca pus
um pequeno… um mais pequeno porquê
seja abril então, e seja este
uma parte do mundo de ti
Lisboa, 13 de Fevereiro de 2018
Lino Costa
Um Verde nos Livres