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Mai08
vou ao Alentejo
Lino Costa
vou ao Alentejo
não te levo comigo
não posso ficar contigo
adormeço parte de mim à partida
e não levo as asas brancas
vou com o passo vulgar
dos homens que nunca voaram
até à vastidão dos sonhos
que vivem num confim limitado
do saber tão vasto e por descobrir
tenho um retrato teu rasgado
colado no meu peito arrefecido
enquanto bebo desta agua
com um sabor disperso venho domingo
almoçamos os dois espero que chova