não literal
Quando escrevi o último poema que publiquei no "Versejos...", revi-me pessoalmente nos versos do poeta. Pela primeira vez escrevi os meus mais verdadeiros sentimentos.
Por muito confusos que se tornem perante os olhos mais atentos ao testemunharem o que publiquei, não quero que qualquer pensamento confuso se fique por querer explicação porque quero mesmo é explicá-los.
Pena tenho em cair nesta roda, nesta espiral, de desencontro e retrair-me no nada dizer. Em não desmistificar, até me consinto, mas silenciar-me, contém-me numa dor que não explico, que não consigo sair.
“Velho”, que sabes bem quem és, confidente, amigo, muro, ouvinte, caminho… onde me deixou o tempo?
É esta a pergunta que te deixo. Ou a quem a quiser responder. Mas tu tens de me dizer.
E não, não sou esquizo. Acho eu...
Ricardo Castro Alves
Lisboa, 02 de Fevereiro de 2011