18
Jul12
leva-me um marasmo
Lino Costa
leva-me um marasmo
que me encanta
sem a brandura d’outrora
tudo se emerge escabroso
num desnexo
que não se integra na mais ciência exacta
tudo se converte incerto
e não assume verdades ou mentiras
passam-se as horas
e a asfixia tenebrosa
punça-me as veias gastas
absorve-me o pouco que respiro
com todos os minutos breves
e a magia de viver
extingue-se com algo que desiste de mim