25
Jul12
na linha do canto
Lino Costa
canta o cuco
a noite na amoreira
e canta o eco
na vazio do pombal
porque a vida pára
e a noite aclara o sossego
do cabeço enaltecido
durante a rodeira serpentina
e a viúva inebria-se no rosário
e grila o grilo
ao breu da figueira
ao rosto, velhinho, caído
sem que falte à cantoria
o sino da linha vertical, marginal