10
Ago12
tempo vazio
Lino Costa
subirá no céu
o pássaro de ferro
até à distância
que nos separa
que nos destila
e evaporamos lentamente
como passa o tempo
das minhas noites
sempre iguais, sempre a mim
não tenho como te esqueça
neste todo tempo esmaecido
satírico de gil
tão frigido tão vil
que nem o mar cala
ou a névoa extingue no pico
pois que nem a voz te ouça
ou olhos te veja
quando a terra me contar os passos