18
Out12
poente de mim
Lino Costa
poentes esses olhos
no poleiro dos meus
haja assim um horizonte
enquanto latejam os sexos
no fervor do rosicler
que amainam com a corrente da noite
que trazes sempre, fresca, no sorriso
e a subir pela levedura da paixão,
venha a seda da madrugada que nos alcança
e que complemente a noite que trazes em ti
como fazem o negro e o branco
que gemem num prazer constante
pela mistura ausente, pelo irradiar do cinzento
e a latitude do sono que nos levar
será a dança, ritual
que vai festejar esta verdade