12
Nov12
um fel de beijo
Lino Costa
num poema mil
sei de um sabor de boca que não acaba
e que acontece no silêncio da cotovia
entre o gélido Novembro
pela noite. Que não haja Abril
ou não seja o beijo
pela pele, emoção que nutre
essa flor de língua amarga
numa tarde imunda do mundo
assim que cesse a pureza
seja infinito o universo descrente
entre as mãos da decisão
e o começo do beijo que tarda
no entretanto do sol morno
enquanto me inundas
todos os cantos dos lábios
e inquietas o sexo
sem crer na noite que tarda