11
Jun13
na girândola do castelo
Lino Costa
Lisboa, 11 de Junho de 2013
no galope do tempo
de braço dado à romaria
e às flores de papel, feitas de mim
intrometem-me bilhardeiras, as troças
e dançam, com os sopros do coreto, saudades minhas
dançam, como senis em cima dos corações apertados
das pedras mudas, lustrosas e negras
já farto, balbucia o limoeiro
que espreita p’las costas da muralha
um sorriso da noite, desigual
e não vê, tal como a multidão,
o vadio, o cão e a patifaria
ou o feitiço na fumaça da sardinha,
que embarriga o castelo, anfitrião
Lino Costa
In: versejos livres