mirante
recantos, teus fonte
broto, alqueire e alquimia
fio trapezista, paixão
que és a filha mais rubra do meu tempo
e cantareira dos meus suspiros
valsa, doce pensamento
rubra, que me fazes o verso ser morte à sede
que me inflamas o peito
sem fel nem sentir saudade
de “amor perfeito”
com que me encegueiras o conceito
sem saber de que tamanho se faz o longe,
o renascer
d’um momento, d’um desejo…
nem começo à estrofe… amor, será?
sou somente eu
a infusão que te existe no sentimento
no teu traço lento de boca
no princípio de te esculpir o rosto
como cinzel em ti embebido, com beijos mudos
e ter-te distante de um precipício
e no laço profundo da noite que te tomou
Castelaria, 15 de Agosto de 2013