02
Dez13
meu tempo todo
Lino Costa
meu tempo
meu verso
de poema mutante, quebranto
suspiro aceso
da minha vida quente
trejeito do corpo que desiste
da metáfora
que não aclara a cegueira
quando o suspiro persiste
e me esmaga com uma ternura
tão negra ternura
como a vaga ceifada
por uma desolação
que me naufraga no leito da tristeza
e me afoga o pensamento
sou mágoa
sou até, poema
que morre em mim
sempre que sozinho aceito
já não és corpo
nem jeito algum a meu lado
nem ar que respiro
ou esta coisa que me semeia
ter no sangue saudades de ti
desse amor que nos prendia
Lisboa, 02 de Dezembro de 2013
Lino Costa
in: Versejos Livres
meu verso
de poema mutante, quebranto
suspiro aceso
da minha vida quente
trejeito do corpo que desiste
da metáfora
que não aclara a cegueira
quando o suspiro persiste
e me esmaga com uma ternura
tão negra ternura
como a vaga ceifada
por uma desolação
que me naufraga no leito da tristeza
e me afoga o pensamento
sou mágoa
sou até, poema
que morre em mim
sempre que sozinho aceito
já não és corpo
nem jeito algum a meu lado
nem ar que respiro
ou esta coisa que me semeia
ter no sangue saudades de ti
desse amor que nos prendia
Lisboa, 02 de Dezembro de 2013
Lino Costa
in: Versejos Livres