21
Dez13
hoje a noite vem
Lino Costa
cedo às tendências
aos sinais do corpo
que me vão marcando
hoje, não inibo esta inquietação
como qualidade de estado
(re)pulsa ou sentimento,
na dicotomia do coração
que inverto com a alucinação
de uma miragem que eu (quase) acreditei
hoje escreverei “sempre”
no cunho do zelo, na memórias
no epicentro, como unto de verso
para abrir o noviço e branco pergaminho
e escrever o poema de nome “eu”
e “eu”, depois “eu”
e “eu”, acreditar tanto ou mais
na noite que amo
na que vem sempre e que volta, sempre
Lisboa, 21 de Dezembro de 2013
Lino Costa
In: Versejos Livres