24
Jun15
a hipnotenusa da palavra
Lino Costa
radia de dentro
antes que a estrada acabe
e agre se faça a sede que alastra
perde-te na volta
a ser gente ou mente
bebe da corrente que me consola,
se és carne que sente, ou tempo
que divide a eternidade,
perde-te na linha que humedece
e faz os destinos diferentes,
os amores rompantes, a quem pensa,
eu, o ledo, o cego correr,
ao tombo omisso na mãe negra,
no fundo vazio por preencher
Lisboa, 24 de Junho de 2015
Lino Costa
In: Versejos Livres