14
Abr15
meu pregão de anil
Lino Costa
mesmo depois da pele,
tenho-te a ti
cada vez que preciso
quando penso e não chego
desmaio num azul
como se fosse marasmo apetecido
desmedido, de onde te escapas
como fumaça perfumada
pelas fendas da minha memória
que ocupas desmesurada
e me sacodes as agruras
beijo turvo, imenso
que me tomas numa cegueira que desejo
meu vício, pecado, meu tudo
Lisboa, 14 de Abril de 2015
Lino Costa
In “Versejos Livres”