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Dez06
açor, apaziguador
Lino Costa
não deixes que te grite
ternura do desejo parido
que deu à luz a mente
no quando de uma loucura insana,
que te expulse a raiva
dessa dor que leva a barbaridade
que te vês na excomunhão da vida
não interrompas o alívio de um suspiro
não te merece essa dor
porque no rio da vida tudo vai
e na margem fica sempre a lição
pra remexer com o remo durante a viagem de um regresso
razão, a mor e vã para ti, és tu
e resto são bandos e filosofias
que neles voas como açor vagante
e neles vês um conjunto ou a parceria
Montijo, 29 de Novembro de 2006